terça-feira, 25 de novembro de 2014

A moda irreverente da Moschino

Sob comando do designer Jeremy Scott, a marca italiana aposta em referências da cultura pop

De fast-food ao Bob Esponja, de embalagens de doces a boneca Barbie. Esses são os temas que marcaram as duas últimas coleções da Moschino. Desde sua estreia na grife, na temporada outono 2014 da semana de moda de Milão, o diretor criativo Jeremy Scott ousou com desfiles cheios de cores e exageros. A partir de então, a grife italiana se transformou em ícone de irreverência, sempre com peças únicas que rapidamente caíram nas graças das it-girls.

Para o primeiro desfile, o designer americano apostou em uma mistura um tanto quanto inusitada: fast-food, Bob Esponja e guloseimas. A apresentação começou com uma explosão de amarelo e vermelho, cores características do McDonald’s. O M da Moschino foi estilizado para se transformar no M de McDonald’s, e as caixinhas de lanche e copos de refrigerante viraram bolsas e acessórios. Depois da passagem pela lanchonete, Scott mergulhou no mundo do Bob Esponja. Amarelas e com os típicos buracos da esponja, as peças estampavam o rosto e as caretas do personagem infantil. No final, o designer surpreendeu novamente, ao transformar padronagens de embalagens de doces em estampas para vestidos de festa.

Coleção Outono 2014 

Na coleção verão 2015, Scott investiu em só uma cor: rosa. Inspirada pela icônica Barbie, o desfile contou com as mais variadas roupas da boneca, desde traje de banho até vestido de gala. As modelos, é claro, desfilaram ao som da música "Barbie Girl", da banda Aqua. O estilista mostrou uma coleção superfeminina, com muitos bodies, saias e tops cropped. Os acessórios ficaram por conta das bolsas de plástico em formatos diferentes, como de caixa de som e de scarpin rosa. E não demorou muito para a coleção se tornar a queridinha da temporada de moda... e dos looks das fashionistas.

Coleção verão 2015

     Com a chegada à Moschino, Scott trouxe sua marcante e excêntrica personalidade para as roupas. A alfaiataria tradicional da marca italiana ganha ares modernos e coloridos. Agora, os olhos do mundo fashion aguardam com ansiedade para as próximas semanas de moda de Milão. E tudo graças a um nome: Jeremy Scott.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Tudo o que você precisa saber sobre a dieta sem glúten

De acordo com nutricionista, a nova moda entre as dietas também tem um lado negativo



    Queridinhas entre os adeptos do lifestyle fitness, a dieta sem glúten é a nova tendência para quem quer perder peso de forma rápida. O glúten é um composto de proteína presente na farinha de trigo, centeio, cevada, malte e aveia. A eliminação da substância do cardápio diário reduz o grau de inflamação do organismo e estimula o metabolismo. Isso promove a diminuição da retenção de líquidos, a perda rápida de peso e a absorção dos nutrientes pelo intestino. Porém, retirar o glúten completamente da dieta –e sem acompanhamento nutricional- pode fazer mal ao funcionamento do corpo. Por isso, a recomendação geral é o consumo moderado da proteína.

    A intolerância ao glúten ou doença celíaca atinge, em média, uma a cada 100 pessoas. Ela é caracterizada por uma desordem autoimune que afeta, principalmente, o intestino delgado. Os portadores de sensibilidade ao glúten também precisam evitar ao máximo o  consumo.  Para pessoas que apresentam casos de intolerância ou sensibilidade, a retirada do glúten da dieta deve ser imediata. Isso porque a proteína provoca inflamações que podem gerar inchaço, dores articulares e indisposição. Ela também causa a inflamação nas células do intestino, o que pode acarretar em ganho de peso.

    Adotada por diversas celebridades, a dieta sem glúten consiste na eliminação de pães, massas, tortas, farinha para preparo de bolo, biscoitos, cerveja e cereais. Modismos a parte, ela promove, sim, a perda de peso. "A retirada do glúten melhora o metabolismo intestinal, pois ele é uma proteína de difícil digestão. Isso reduz a produção de substâncias inflamatórias e ativa o metabolismo", afirma a nutricionista funcional Luciana Harfenist. Além disso, a maioria dos alimentos que contém a proteína são por si só bastante calóricos. Ao cortá-los das refeições, o processo de emagrecimento vai ocorrer naturalmente. "Durante a dieta, as frutas, verduras e legumes vão ser as principais fontes de carboidrato", explica. Entre os alimentos permitidos estão tapioca, feijões, quinoa, chia, linhaça, milho, laticínios, arroz, castanhas, sementes, mandioca, carnes e cereais produzidos sem trigo, cevada ou malte.

    Para quem deseja cortar completamente o glúten, é fundamental consultar um nutricionista. “Somente um profissional pode avaliar qual é a melhor forma de perder peso, de acordo com uma avaliação individual de casa caso”, orienta Luciana. Por exemplo, dietas sem glúten podem ser pobres em fibras e nutrientes e ricas em gordura. "Ao retirar essa proteína, as indústrias compensam com uma quantidade exagerada de óleo, ovos ou manteiga, o que aumenta a quantidade de calorias". Por isso, muito além de eliminar o glúten, o emagrecimento é baseado em uma alimentação balanceada e hábitos de vida saudáveis.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Malhação com tutu: Conheça o Ballet Fitness


Passos de balé clássico combinados com movimentos de pilates, essas são as aulas de Ballet Fitness. A modalidade, que caiu nas graças das brasileiras recentemente, já tem adeptas como Madonna, Drew Barrymore e Natalie Portman. Com aulas ritmadas e músicas agitadas, a técnica é focada no emagrecimento e no condicionamento físico, sem se preocupar muito com a precisão dos movimentos.

As aulas começam com exercícios de alongamento misturados com passos do balé, feitos na barra e adaptados para serem fáceis para aqueles que não têm experiência com a dança. Bailarina e criadora da modalidade, Betina Dantas conta que o segredo está na repetição. “Todos os movimentos são executados com concentração e fluidez, princípios característicos do pilates”, diz. Também são usados elásticos, bolas e fitas para trabalhar a região abdominal, pernas e braços. Por fim, entram em cena as coreografias com passos ritmados que ajudam na queima calórica e estimulam o corpo e a memória.

Além de dinâmicas e divertidas, as aulas de Ballet Fitness promovem a redução do peso, o fortalecimento muscular e melhora da postura. Diferente da musculação, os exercícios dessa modalidade de dança abrangem diversos grupos musculares de vez uma só, além de trabalharem o sistema cardiovascular e condicionamento aeróbio. “Uma hora de aula gasta, em média, 700 calorias”, afirma a bailarina. Os movimentos ainda garantem uma drenagem linfática, já que envolvem a elevação de calcanhar e a flexão de joelho e quadris, o que estimula as regiões dos vasos linfáticos.

Para quem se animou com a ideia mas está insegura em relação aos passos de dança, não há motivos para preocupação. Para praticar a técnica não é necessário ter conhecimentos de balé. “É preciso paciência, ânimo, persistência e, acima de tudo, tentar se divertir”, conta Betina. O ideal é que o aluno faça de duas a três aulas por semana. "Nesse ritmo, é possível substituir a musculação pelo Ballet Fitness e sem precisar de uma atividade complementar", conclui.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Ecofashion: Razões para acreditar que "green is the new black”


Sinônimo de estilo, originalidade e responsabilidade, a ecofashion conquista cada vez mais espaço na indústria da moda. O conceito da moda sustentável consiste na confecção de roupas com matérias-primas ecologicamente corretas, que não geram impacto no meio ambiente, respeitam as leis trabalhistas e promovam a cooperação entre produtor e a comunidade local. Essa tendência eco-friendly já ganhou adeptos por todo mundo e é vista nas mais famosas passarelas das semanas de moda, em coleções de Stella McCartney e Vivienne Westwood.

Coleção Pre-Spring/Summer da estilista Stella McCartney

Mais do que apenas dizer o que vestir ou não vestir, a moda reflete na forma como consumimos e nos expressamos. Como qualquer outra indústria, ela é dependente de inúmeras estratégias de mercado. Muitas marcas importantes poluem, desmatam e utilizam produtos tóxicos. Segundo dados do Greenpeace, a indústria têxtil é uma das principais fontes de poluição da água de países como México e China. Diversas florestas são transformadas em matéria-prima e grandes áreas da Amazônia são desmatadas ilegalmente para dar lugar a criações de gado usado para a produção de couro.

Para promover a transparência aos consumidores, o Greenpeace criou, em 2013, o ranking Duelo da Moda. O projeto tem como objetivo propor uma disputa entre as marcas e, assim, avaliar a produção mais sustentável.  Ao todo, 15 marcas participaram da análise. A pesquisa tem por base três quesitos: couro, celulose e poluição tóxica da água. Quem se qualifica positivamente no ranking é a grife Valentino, que já se comprometeu a acabar com os lançamentos de produtos tóxicos e adotar uma política sem desmatamento. Marcas renomadas como Prada, Chanel, Dolce & Gabbana e Hermès aparecem em último lugar, sem nenhuma prática sustentável. Segundo Lilyan Berlim, autora do livro Moda e Sustentabilidade, iniciativas como estas devem continuar pressionando a indústria fashion a explorar métodos ecologicamente corretos. “Tão importante quanto o consumo consciente, a produção consciente deve ser cada vez mais incentivada. A participação de grandes estilistas na causa sustentável abre caminho para o conhecimento e a divulgação desse tipo de moda”, conta.

Uma das pioneiras da ecofashion, a designer inglesa Stella McCartney apoia a corrente eco-friendly desde 2001. Favorita entre atrizes como Anne Hathaway, Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, Stella cria coleções sem o uso de couro e de pele de animais, apenas com tecidos orgânicos tingidos com corantes naturais. Além disso, suas lojas são abastecidas por energia eólica e utilizam sacolas de papel reciclado ou milho biodegradável. Em 2010, a estilista assinou uma parceria com a marca esportiva Adidas. Todas as roupas são feitas de tecidos de PET reciclado e algodão orgânico. Ela também possui uma linha de lingerie feita somente com fibra natural.

Quem também segue o exemplo sustentável é a marca de jeans Levi’s. Com a coleção Water Less, a grife reduziu, em média, 28% do consumo de água na fabricação do jeans tradicional. Em outras peças, a economia chega a 96%. Em parceria com a ONG Better Cotton Initiative, a marca busca promover, na fase de tratamento do algodão, a redução do uso de pesticidas e a preservação da biodiversidade. O novo projeto da Levi’s é o Wellthread Levis, uma coleção totalmente sustentável, com tecidos recicláveis e que consomem menos energia e água.

A coleção Verão 2015 da marca Osklen, apresentada no último Fashion Rio

No Brasil, a ecofashion é um mercado em ascensão. “O divisor de águas para a moda brasileira aconteceu em 2007, quando a Osklen inovou nas passarelas do São Paulo Fashion Week com uma coleção feita com algodão orgânico, látex natural e malha de PET reciclada”, diz Lilyan. A partir de então, o designer da marca, Oscar Metsavaht, aderiu completamente à sustentabilidade. Ele já utiliza mais de 20 tipos de materiais recicláveis, orgânicos e artesanais na elaboração das peças. A Osklen também trabalha com produtos de comunidades e cooperativas, colaborando no desenvolvimento social e econômico dos grupos participantes.

Mesmo com um considerável crescimento, ainda falta incentivo para a consolidação da moda sustentável no Brasil. A produção de algodão orgânico não é suficiente para abastecer todo o mercado brasileiro. “Como a produção da matéria-prima é feita sem agrotóxicos, não há garantia de colheita. Por isso, é muito difícil para um produtor conseguir um empréstimo no banco. E, quando conseguem, o preço é bem mais alto”, explica a autora. Outro fator que encarece o processo é a adequação às leis trabalhistas, que garantem salários dignos para os trabalhadores envolvidos. Para Lilyan Berlim, é preciso rever as relações custo-benefício da indústria fashion. Apesar de ser 70% mais cara, a convecção de roupas sustentáveis traz inúmeros benefícios para o meio-ambiente. Há um novo mercado interessado na moda brasileira e é fundamental investir em áreas mais verdes para garantir a preservação e valorização da biodiversidade.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dica do dia - Man Repeller: Seeking Love. Finding Overalls



Com humor ácido nova-iorquino e jeito irreverente, Leandra Medine é dona de um dos blogs de moda mais comentados da internet, o Man Repeller. A página possui mais de 5 milhões de acessos por mês, sem contar com os 700 mil seguidores no Instagram, 200 mil no Twitter e 170 mil likes no Facebook. E não é só uma multidão virtual que endossa o trabalho de Leandra. Em 2012, ela figurou o ranking da Forbes como uma das "Top 30 Under 30" e seu blog foi reconhecido pela Time como um dos 25 melhores do ano. A fim de alcançar voos mais altos, Leandra lançou, ano passado, seu primeiro livro: "Man Repeller: Seeking Love. Finding Overalls". A obra é um conjunto de ensaios sobre sua própria vida, desde a infância até os dias como aluna de jornalismo da New School University. No livro, a blogueira conta passagens divertidas, como o sonho da infância de ser uma Spice Girl, e outras mais íntimas, como a frustração de ser obrigada a usar saias e mangas longas no colégio judaico ortodoxo. A obsessão por Sarah Jessica Parker e a explicação para o termo "man repeller" também ganham capítulos próprios.